Análise dos Sistemas Audiovisuais

15.8.03:::
 
ATENÇÃO PUCQUIANOS!

Estudantes de jornalismo do período noturno da PUC-SP! Agora, estou prestando "assessoria" para alguns professores no meu blog, heheheh. Bom, falando sério, recebi o programa do Wagner Barreira, de Teoria do Jornalismo, para colocar no ar. E a Mariza Werneck enviou a lista de autores brasileiros da Nani, para que escolhamos o livro q leremos e sobre o qual redigiremos a primeira resenha crítica do semestre. Os links estão do lado esquerdo: [teo.jorn.] e [nani], respectivamente, lá no Herege. Ah, e desculpem-me pelo tema "off-topic". Falowz!



[postado por Joao Marinho - 8:42 da tarde]

1.7.03:::
 
Para ninguém dizer que nunca postei nada, quero desejar boas férias e boas notas para todos, heheheh. E, pessoal, depois vamos postar uns textos menores... Bjs para quem quer, abraços pros demais. Falei!
[postado por Joao Marinho - 9:44 da tarde]

15.5.03:::
 
Não existe humano sem Matrix

Nós sempre vivemos, e sempre viveremos, numa espécie de Matrix: chama-se cultura. O filme mostra um mundo de representações em que a humanidade está presa, em contraposição ao efetivamente real. A questão é que essa realidade “efetivamente real” já é, ela própria, uma representação do mundo. Toda a percepção da realidade é mediada por símbolos e significações, e o conjunto desses mediadores forma uma determinada cultura. O filme faz a contraposição entre a representação e o real, o que de fato não existe.

Raymond William, historiador social, conceitua o sentido antropológico do termo cultura como “sistema de significações essencialmente envolvido em todas as formas de atividade social”. Nós não só entendemos o mundo de acordo com esse sistema de significação, mas nosso mundo é esse sistema. A cultura não é um filtro que está entre o entendimento humano e a realidade objetiva. Ela é a própria realidade. Assim, por mais que fujamos da Matrix, não existimos numa realidade objetiva, “efetivamente real”, nossa percepção é uma representação.

Bruno Fiúza, o Brunão, escreveu nesse blog que a mídia seria análoga à Matrix, pois falsearia os fatos, nos envolvendo de um universo mentiroso. Estou plenamente de acordo, com a ressalva de que, com o sem mídia, não temos, e nunca tivemos, acesso ao efetivamente real. Somos um sistema de representações, e como tal não acessamos a realidade objetiva, pois ela não existe. E se existe, nunca foi vista.

[postado por Andr� - 5:16 da tarde]

6.5.03:::
 
As coisas e seus homens

Ao que parece, a criatura tomou o lugar do criador. A técnica prevalece sobre o homem. O que era um meio, tornou-se um fim. Toda a tecnologia e os tecnocratas cantam em coro iluminista: “A ciência salva”. Acompanhando esse processo, o governo do estado de São Paulo “enriquece” as escolas públicas com computadores, e faz disso uma bandeira a ser seguida. Como os aparelhos não trazem consigo acompanhamento pedagógico, muito menos o governo paga instrutores para o uso, os computadores permanecem desligados, entulhados numa sala. O que aparenta progresso, é engodo.

A arte não escapa da onda. A famosa Hollywood, se fosse possível, chegaria a filmar a própria tecnologia. A maioria das grandes produções cinematográficas norte-americanas é pobre em conteúdo e milionária no primor técnico. Dessa forma, o objeto técnico parece ter-se tornado um mecanismo alienante, pois obriga o espectador girar em torno dos meios, fazendo da vida uma tautologia (fim = meio = fim). Em decorrência, a percepção do mundo fica automatizada, desprovida de mudança e impassível de interpretações adversas. A criatura depôs o criador.

Os homens e suas coisas

Voltar-se contra a técnica é bobagem. Apesar da ilusão de que “agora as coisas me percebem”, quem dispara o flash é um dedo humano. O que está em questão não é a técnica em si, mas o uso dela. Um exemplo bem simples: uma chave de fenda não gira sozinha; culpar a tecnologia pela má arte, seria o mesmo que condenar uma chave de fenda pelos parafusos mal apertados. A comparação não é piada, a questão é precisamente essa.

A técnica não afeta o artista, afeta sim a arte. O artista em si não muda por conta do modo de produzir, o que fica alterado é a obra artística a que o aparato técnico dá acesso. Pintores e “cineastas de última geração” produzem arte por meio de objetos técnicos (pincel e câmera), e a obra não deve ser avaliada pela habilidade técnica dos artistas – apesar de ser tentador – mas pelo resultado final da produção, levando em conta quesitos estéticos e conceituais avessos à tecnologia.

O velho Beethoven mostrou isso muito bem: com apenas quatro notas (tã, tã, tã, TÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ) ele entrou de sola em toda a história, fazendo-se ouvir por toda a eternidade. Quatro notas, em instrumentos já demasiadamente conhecidos entre os músicos, somente quatro notas. A técnica em si não diz respeito à má produção artística, o artista é quem o faz. Se existe o automatismo da percepção, certamente a “culpa” não é da técnica, mas dos “técnicos”.

[postado por Andr� - 5:57 da tarde]

24.3.03:::
 
Muito sabidamente, uma prima minha, estudante de história, disse: "bom, começou a guerra. não podemos mais ler os jornais". Na mosca.
[postado por Andr� - 5:41 da tarde]

10.3.03:::
 
Eu pego uma carona no texto do Bruno.
Antes de ser uma fase, a adolescência é considerada uma doença passageira. Vai passar, dizem os adultos. O curioso é que, e isso a tem base na psicologia, a adolescência é o momento de negação do mundo, que pode significa que essa fase é o momento da crítica da realidade. A adolescência é o momento da crítica, e, segundo a lógica, a crítica é uma doença. Vai passar, dizem os adultos, vai passar.
Finalizando com uma crítica ao texto do Calligaris. Por muitas vezes a psiquiatria é reacionária: "(...) em regra, o que eles (adolescentes) 'aprontam' é apenas a realização de um desejo dos pais. Melhor, eles realizam o que conseguem entender ou imaginar das aspirações inconscientes dos adultos", escreveu o psicanalista. Que me desculpem os profissionais e apreciadores da área, mas esse é um padrão muito reduzido, chegando a ser cretino, de analisar a realidade, pois desconsiderada tudo o que se aprende fora de casa. Desconsidera o que a rua mostra ao jovens, que podem comparar seu apredizado com o mundo. E o que acontece nessa fase? Eles protestantam o que aprendem em casa, e são chamados de doentes. A crítica é uma doença, dizem os adultos. A vida adulta é uma bosta, dizemos.
[postado por Andr� - 2:23 da tarde]


 
Eu pego uma carona no texto do Bruno.
Antes de ser uma fase, a adolescência é considerada uma doença passageira. Vai passar, dizem os adultos. O curioso é que, e isso a tem base na psicologia, a adolescência é o momento de negação do mundo, que pode significa que essa fase é o momento da crítica da realidade. A adolescência é o momento da crítica, e, segundo a lógica, a crítica é uma doença. Vai passar, dizem os adultos, vai passar.
Finalizando com uma crítica ao texto do Calligaris. Por muitas vezes a psiquiatria é reacionária: "(...) em regra, o que eles (adolescentes) 'aprontam' é apenas a realização de um desejo dos pais. Melhor, eles realizam o que conseguem entender ou imaginar das aspirações inconscientes dos adultos", escreveu o psicanalista. Que me desculpem os profissionais e apreciadores da área, mas esse é um padrão muito reduzido, chegando a ser cretino, de analisar a realidade, pois desconsiderada tudo o que se aprende fora de casa. Desconsidera o que a rua mostra ao jovens, que podem comparar seu apredizado com o mundo. E o que acontece nessa fase? Eles protestantam o que aprendem em casa, e são chamados de doentes. A crítica é uma doença, dizem os adultos. A vida adulta é uma bosta, dizemos.
[postado por Andr� - 12:26 da manhã]


 
Eu pego uma carona no texto do Bruno.
Antes de ser uma fase, a adolescência é considerada uma doença passageira. Vai passar, dizem os adultos. O curioso é que, e isso a tem base na psicologia, a adolescência é o momento de negação do mundo, que pode significa que essa fase é o momento da crítica da realidade. A adolescência é o momento da crítica, e, segundo a lógica, a crítica é uma doença. Vai passar, dizem os adultos, vai passar.
Finalizando com uma crítica ao texto do Calligaris. Por muitas vezes a psiquiatria é reacionária: "(...) em regra, o que eles (adolescentes) 'aprontam' é apenas a realização de um desejo dos pais. Melhor, eles realizam o que conseguem entender ou imaginar das aspirações inconscientes dos adultos", escreveu o psicanalista. Que me desculpem os profissionais e apreciadores da área, mas esse é um padrão muito reduzido, chegando a ser cretino, de analisar a realidade, pois desconsiderada tudo o que se aprende fora de casa. Desconsidera o que a rua mostra ao jovens, que podem comparar seu apredizado com o mundo. E o que acontece nessa fase? Eles protestantam o que aprendem em casa, e são chamados de doentes. A crítica é uma doença, dizem os adultos. A vida adulta é uma bosta, dizemos.
[postado por Andr� - 12:25 da manhã]

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